História
"Há tempos atrás, os aesires criaram os humanos. Deram a eles inteligência, ambição, e seu bem mais precioso: A capacidade de criar. Conforme o os humanos desenvolviam essa criatividade, eles quiseram ser deuses. E isso trouxe parte de sua ruína”. (Farfnir Turtlecove, pesquisador da Universidade de Juno).
Morroc destruiu Epitus em 12 dias e avançava inexorável sobre Payon. As pessoas de Rune Midgard ouviam apavoradas os relatos das tropas enviadas para ajudar, mas raramente conseguiam voltar vivas ou com a sanidade intacta. Frente a esse horror promovido, pessoas fugiam para o Norte, preferindo arriscar-se com os monstros desconhecidos do que com a legião de Morroc. Parte optou por ficar no meio do caminho, servindo como uma barreira para que as outras caravanas ganhassem mais tempo para continuar fugindo. E assim surgiu a primeira cidade no Planalto de El Mes: Juperos.
A cidade crescia devagar devido à escassez de recursos e aos constantes ataques das criaturas que viviam antes. Isso prosseguiu até que alguém sugeriu a idéia de irem ao subterrâneo. O fato de precisarem de apenas uma entrada, afunilando a passagem e reduzindo o valor dos números das tropas, e de poderem criar seus próprios pontos estratégicos foi de vital importância para o desenvolvimento de Juperos. Principalmente porque algo foi encontrado nas escavações para a construção da cidade subterrânea.
Era uma imensa pedra de um cinza muito escuro, com runas surgindo e desaparecendo ao seu redor. A pesquisa levou poucos anos e chegou-se ao seguinte resultado: era um dos Corações de Ymir, o gigante cujo corpo serviu de matéria-prima para Midgard. Então a ciência bélica, mais rápida de ser desenvolvida que a magia, teve sua importância levada às alturas. Em pouco tempo, os habitantes de Juperos tinham armas capazes de matar monstros a grandes distâncias. Porém isso não era o suficiente para que os habitantes se sentissem seguros.
500 anos atrás, visando a compreensão do corpo humano, o Dr. Zenit Zerter Lighthal criou o Laboratório Lighthal. Suas pesquisas deveriam compreender o funcionamento do corpo humano pois as maiores mentes da engenharia começavam as pesquisas de um sonho louco: criar sua própria raça de defensores, seres obedientes que os protegeriam das criaturas do mundo exterior. E os resultados dos experimentos do Dr. Lighthal chegaram logo. Optando por ficar por lá, a pequena vila de Lighthalzen começou seu lento crescimento.
Em aproximadamente dois anos, os primeiros robôs já estavam desenvolvidos. Seres automáticos, sobrehumanos, que moviam-se e falavam sozinhos. Os humanos reinventaram a criação divina, e o ateísmo começou a tomar conta da mente das pessoas. Não precisavam mais dos deuses para protegê-los, ninguém mais. Eram independentes, senhores de seu próprio destino. Esqueceram como lutar em três gerações. Esse foi o primeiro erro.
Elaboraram um sistema de emergência, capaz de lançar o distrito de Juno aos céus em questão de minutos, para o caso de um inimigo muito poderoso aparecer. A cidade de Juperos, junto com a pequena vila de Lighthalzen eram um orgulho. Porém a paranóia de seus habitantes e sua ganância não tinham limites. Começaram um projeto para robôs poderosíssimos, alimentados cada um com um pequenino fragmento do Coração de Ymir. O projeto recebeu o nome de Apocalipse. Esse foi o segundo erro.
Em um ano, as linhas de produção de Juperos produziu dezenas de robôs Apocalipse. Dotados de grande poder e resistência, inteligência artificial superior, estes robôs eram capazes de coordenar as ações dos outros de sua espécie, tornando-se oficiais num exército de metal e magia. Possuíam uma cabeça com diversas faces, fazendo com que surpreender um Apocalipse um ato praticamente impossível. Cada cabeça gira de modo que nunca se possa atingir de maneira precisa um dos diversos sensores posicionados lá.
Como grande comandante das forças robóticas, foi criado um robô ainda mais poderoso. Possuía a mais alta tecnologia disponível, foi energizado com as melhores magias conhecidas. Ele seria o general dos Apocalipses, o maior robô já criado para defender Juperos. Possuía um pedaço do Coração de Ymir maior que o de todos os Apocalipses, capaz de suprir os armamentos de ponta utilizados. Seu nome era Vesper. E esse foi o terceiro erro que levou Juperos à sua ruína.
Até hoje não se sabe a causa, mas a programação de Vesper passou a reconhecer cada ser humano como um invasor de Juperos. Homens, mulheres, crianças, idosos, todos invasores com potencial destrutivo de alto nível. Vendo-se cercado de inimigos, Vesper comandou todos os outros robôs em um massacre que até hoje não foi esquecido. Não houve resistência digna. Os humanos haviam esquecido o que era lutar. Tudo que sabiam era como fugir, e foi esse o conhecimento mais valioso naquele dia.
Apenas o distrito de Juno conseguiu subir aos céus, deixando boa parte do subterrâneo para trás. Foram alguns milhares que conseguiram sobreviver, deixando para trás boa parte do conhecimento obtido. E, mais uma vez, a ganância desmedida levou uma grande civilização à sua ruína. Ninguém mais ousaria entrar em Juperos. Apenas loucos entrariam. Loucos ou corajosos...
Há aproximadamente 250 anos os estudos tecnológicos foram retomados. A curiosidade dos pesquisadores falava mais alto que o medo. Os poucos resgistros de Juperos facilitaram o recomeço de uma era tecnológica. Livros foram revirados por, pelo menos, cinco pesquisadores diferentes, relatórios de pesquisa e muitos outros artigos. A tecnologia do uso do vapor como força motriz foi novamente aprendido e novas fontes de carvão foram pesquisadas. Surgia assim Einbech.
Conforme a industrialização avançava, os donos das fábricas acabavam ficando em seu ambiente de trabalho. Logo Einbroch tornou-se o centro de siderurgia pesada e uma cidade mais importante que Einbech. Enquanto isso, a oeste, Lighthalzen continuou crescendo. Com a retomada da idéia da robótica, pessoas foram mandadas para lá, reformando o abandonado Laboratório Lighthal. Levou muito tempo até que ele estivesse em condições de uso. Apenas há algumas décadas sua atividade recomeçou, quando a Rekenber Corp., recém iniciada, começava suas atividades.
Os robôs foram sendo refeitos. Eram chamados de Guardiões, e serviriam para substituir os mercenários que tanto o governo quanto outras empresas contratavam. E os mercenários se rebelaram, começando uma pequena guerrilha que foi contida em questão de um mês ou dois. Porém há ainda quem tente reavivar o grupo.
Conforme os anos se passaram, o modelo monárquico ultrapassado de Juperos começou a ser questionado por diversas pessoas. As discussões foram acalorando-se até que, num arroubo pelo desejo por um governo onde o povo mandasse, começou uma guerra pela democracia. Seis heróis lutaram nessa guerra: Lorde Seyren Windsor, capaz de segurar um pequeno exército sozinho; Margaretha Sorin, a Sumo Sacerdotisa capaz de recuperar uma tropa inteira em segundos; Cecil Damon, Atiradora de Elite, capaz de derrubar um exército antes que ele atingisse seu obejtivo; Howard Alt-Eisen, destruidor das máquinas de guerra mais resistentes; o Algoz Eremes Guile, responsável pelo assassinato de tantos oficiais em forte regime de proteção; Katherine Keyron, que jogava as maiores desgraças contra os inimigos. Com a ajuda desses guerreiros, a República foi instaurada, porém eles desapareceram pouco depois
Com o tempo, foi encontrada a cidade de Hugel, guardiã do Templo de Odin, e a cidade foi incorporada pacificamente à República. E logo as escavações, movidas pela curiosidade dos cientistas tanto da Universidade Federal de Juno, quanto da Guilda dos Alquimistas e da Rekenber tiveram início.
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